Xadrez - sabe o que mestres não entenderam neste jogo ?
Eis um dos jogos de tabuleiro mais antigos do mundo: Xadrez. Origem: provavelmente Egito ou China.
Classificado como um jogo de estratégia. Como uma batalha. Uma guerra. Um jogo que traduz a vida. Um jogo que reflete a humanidade.
Mestres em todo o mundo disputam campeonatos e até vencem super programas de computadores. Inúmeros jovens por todo o mundo lutam por um lugar ao sol em torneios que oferecem boas quantias em dinheiro. Outros milhares jogam através da internet.
Mestres internacionais, nacionais, estaduais. São inúmeras as categorias e hierarquias que circundam este fabuloso jogo.
Mas há um detalhe que costuma passar desapercebido sobre este jogo.
Muitos podem dizer sobre ele que o importante é a vitória. Muitos outros que é competir. Ainda pode existir os que dizem que é se divertir.
Poucos dirão que é compreender a paz interior. E é exatamente disto que se trata este pequeno artigo.
A beleza deste jogo só pode ser descoberta realmente por aqueles que após terem experimentado muitas vezes as filosofias acima, decidem abandoná-las e passam a jogar pelo empate. A maior beleza do jogo de xadrez é a possibilidade do empate.
No empate ninguém vence, ninguem perde e todos apertam as mãos. Todos se abraçam. No empate de consentimento mútuo existe a beleza de uma amizade, de um levantar da bandeira branca da paz.
Não importa quem é melhor, quem é pior, quem tem maior capacidade de enxergar com profundidade uma posição no tabuleiro. Tudo que mais importa neste momento na humanidade é quem tem a maior capacidade de estender o tapete para o inimigo pisar com majestia.
Quem oferece um empate após ver que podia vencer jamais sai perdedor. Quem oferece um empate por sentir que está perdendo jamais é um covarde.
Não importa se o empate será aceito pelo adversário. O que mais vale é o oferecimento.
Se o empate é recusado, independentemente da situação...deitar o rei, como se diz entre os enxadristas, é uma opção interessante. Significa declarar-se perdedor para que o desejo do adversário seja realizado. Significa, longe de uma derrota, um presente que se dá...
Se o mundo ainda está em guerra em muitos e muitos contextos da vida cotidiana é simplesmente porque os homens não entenderam a beleza do jogo de xadrez...
Não entenderam a beleza da vida.