Mamedyarov abandona torneio europeio disconforme com decisão arbitral



O azeri Shakriyar Mamedyarov foi protagonista de um curioso incidente nesta nona rodada do torneio europeu em Plovdiv. O talentoso grande mestre, que começõu como segundo pré-classificado a prova, não teve um bom torneio e depois de oito rodadas apenas contava com 4 pontos (para seus 2752 elo, 50% é um porcentagem baixo...). Emparceirado com o mestre internacional Alvar Alonso Rosell, ele empatou o jogo, porém como foi antes dos 40 lances os árbitros decidiram que ambos os mestres perderam o ponto, colocando como resultado 0-0. Em reação á medida, Mamedyarov abandonou o torneio.
Igual sorte (0x0) tiveram os grandes mestres Tal Baron e Eltaj Safarli após empatar o seu jogo. O último dos citados apelou a medida, porém o seu reclamo foi desestimado.

No entanto, na mesa 1 (Akopian - Malakhov) se registrou um empate em somente 16 lances, não punido pelos árbitros: parece que os protagonistas do jogo tiveram a precaução de fazer os mesmos lances até repeter três vezes a posição...

Fonte do artigo:
http://xadrezdiarionews.blogspot.com/

Ôooo

Ele já tinha perdido um ponto por 10 segundos de atraso... e agora outro por politicagem?
No jogo do Akopian, pelo fato de terem repetido os lances três vezes, pode-se acordar o empate em menos de 40 lances.

Ora vão dizer alguns; Pela regra após 3 lances repetidos não há como não se aceitar o empate, esteja com quantos lances estiver a partida.

Pois bem, a mesma regra faculta aos jogadores o direito ao empate por comum acordo!

A menos que as regras pontuais em cada torneio possam ser soberanas às publicadas pela FIDE, me parece haver algum equívoco legal nesse episódio.

Deve haver mais detalhes e informações a que não estejamos cientes, mas a saída do GM azeri é completamente compreensível e aceitável.

Se à vista daqueles melhores esclarecidos nas leis e regras da FIDE, houver mesmo havido alguma irregularidade dessa penalidade, ensejaria até o abandono por parte de outros jogadores como protesto e solidariedade. Um boicote a esse torneio nos próximos anos não estaria descartado.

Mas que se faça a correta interpretação das regras ali definidas e suas compatibilidades com as regras FIDE.

Até concordaria se a FIDE colocasse uma nova regra sobre empates acordados, como não poder acordar empates antes dos 40 lances, por exemplo. Mas certamente isto não deve tirar o direito de um jogador (ainda bem que não foi feito isto no torneio europeu) de provocar repetições de posição 3 vezes, antes dos 40 lances, provocando consequentemente o empate. Digo isto porque a repetição de posições pode ser a única alternativa (tanto quanto um perpétuo) de evitar uma derrota ,não cabendo ao árbitro julgar se o forçamento da repetição de posições ou de xeques perpétuos está realmente servindo apenas para salvar a partida ou não. O problema que se não puder ser julgado isto, poderá ser decretado empate da seguinte forma:
1. Cf3 Cf6
2.Cg1 Cg8
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5.Cf3 Cf6
posição repetida 3 vezes. Como resolver tal impasse?