Se se aceita que a filosofia é a ciência que trata das
propriedades, fundamentos, causas e efeitos das coisas, é evidente que tem semelhanças e nexos com o xadrez.
No livro "Xadrez, 2000 anos de história" lê-se: "É uma
lástima que os teóricos do xadrez, acanhados pelos práticos, recorreram tão poucas vezes à filosofia como apoio intelectual."
O escritor francês Charles Baudelaire dizia que "A imaginação é a
faculdade filosófica por excelência". No xadrez, a imaginação é
indispensável para criar variantes e combinações. A antecipação
imaginativa é o que conduz ao descobrimento e à invenção; é o agente
principal na formulação de planos estratégicos.
Segundo Emanuel Kant, "A filosofia deve iluminar e dirigir o
gênero humano em seu devido progresso até a felicidade universal". O
mestre Siegbert Tarrasch dizia: "O xadrez, como o amor, como a música,
tem o poder de fazer os homens felizes".
Ludwig Wittgenstein disse: "Também poderia chamar-se filosofia
ao que é possível, ao que está latente, antes de todos os
descobrimentos e invenções". Um dos maiores atrativos do xadrez reside
na expectativa de descobrir e inventar jogadas nunca vistas. Como a
filosofia, o xadrez é uma busca do invisível.
O poeta mexicano Marco Antônio Montes de Oca, em "Retrato" conta: "O invisível se vê, se alguém calcula de onde aonde chega".
Fonte: jornal
Reforma