Relato aqui com indignação fato ocorrido em um torneio local. Oficialmente poucos dão dá importância, infelizmente. Não reclamo disto porque já faz parte da cultura local a forma como tratam tal evento que em outras épocas já teve bem maior importância. Jogava eu uma boa partida de 1h x 1h o qual estava usando todo meu tempo para refletir sobre variantes, estratégias e possíveis finais surgido da posição. Com a cabeça fria, analisando toda a partida aqui em casa, vejo que fiz certo quase todos meus planos e cálculos. O problema foi quando em determinado momento da partida , o qual me restavam pouco mais de 10 minutos no relógio, mas todo tempo gasto usados para avaliação da posição até possíveis finais que viriam da posição, meu adversário tinha usado apenas 15, mas pouco me importava, importava o que eu houvera calculado, me faltavam, 12, 13 minutos na verdade para terminar meu tempo, e eu avaliava dois lances principais , depois posso postar na bonitinha do dia, 2 lances os quais se aproximam até em qual poderia ser melhor, um deles, analisando aqui em casa dava igualdade na posição o outro mantinha um pouco da vantagem que eu mantivera durante toda a partida. Eis que eu procurava pensar nos finais surgidos destes dois lances na hora do jogo e até ameacei a jogar o que me daria um pouco mais de vantagem mas quis garantir que realmente pudesse ser um pouco melhor que o outro, enfim, o importante era manter a concentração e os cálculos que havia fazendo para até melhor fazer novos cálculos. Eis que inesperadamente um barulho alto, áspero, em um intervalo de tempo nem tão curto ocorreu. Barulho este que teve a capacidade de ficar por mais 1 ou 2 minutos de forma áspera em meus ouvidos e neurônios. Eu fiquei com medo de jogar um dos lances porque eu abdicaria o par de bispos, um dos motivos o qual tinha dúvidas na avaliação, mas tal lance até me deixaria melhor que o que fiz na partida, que não era ruim, mas eu já fiz sem todos os cálculos que me motivaram todo o jogo, sem lembrar que finais me levariam, sem a certeza nem tática nem estratégica de mais nada, simplesmente, para não perder mais tempo, empurrei meu bispo para uma outra casa. E o plano? E o cálculo? O que houve? Não tenho mais tempo para retomar, reavaliar tudo novamente, eu me perdi. Eu pensei em parar o relógio, chamar o árbitro, me acrescentar mais tempo no relógio, mas mesmo que fosse possível fazer isto, quanto ele daria mais? (embora nao acredito que daria) 2 minutos? Inapropriado para quem pensou 50 e precisaria retomar tudo que foi analisado, guardado e concentrado para ser jogado na hora exata. Pois assim é o xadrez, calcular e guardar o maior número de informações possíveis. Dali pra frente joguei 3 lances ou 4, se eu postar na bonitinha do dia vocês verão, e o quarto lance eu cedi uma peça, eu simplesmente empurrei as peças sem conseguir retomar da mesma forma que guardara, as informações calculadas. Joguei uma variante sem preparação apenas calculando e análises caseiras jogam a meu favor. Um fator externo estragou meu torneio que se não tem prestígio ao menos há jogadores prestigiados nele. Meu adversário sequer se preocupou com fatores externos recusou minha proposta de empate, ok, ele não tinha nada com o incidente, mas incidente que espero que não ocorra em eventos oficiais.

Agradecido, Carlos Costa.

Putz.... jogar com barulho e incomodo é o que mais se tem em torneios brasil afora.... seja de fatores externos ou não...

A algum tempo atras, até fiz um treinamento específico para este tipo de coisas, que foi estudar com fone de ouvidos e sem perder o foco, ajudou muito obtive resultados positivos. Hoje não me incomodo mais com barulhos externos e tals. No seu caso, duvido muito que o árbitro daria alguns minutos a mais pelo incidente, não há meios para isto, e seu adversário também seguiu de forma normal, não aceitar empate é um direito dele. Você deveria sim, ao acabar a partida, reclamar com o organizador do evento, este com certeza é o culpado em fazer o torneio em um local improprio!!

Pois é, situação critica .

Mas antes era pior ,não?Até cigarro (charuto também) corria solto pelos participantes...

Mas aqui eu já estou treinado para isto,depois de tanto jogar com meus filhos na volta gritando,já acostumei como barulho...

Roger World, até nem foi tanto aquele barulinho de mastigar comida, pra quem é gaúcho aquele de chiar a bomba, ou mesmo os burbúrios das pessoas assistindo à volta, o problema é o barulho foi uma mistura de estilhaço alto de vidro com aquele som áspero tipo giz no quadro, não sei se você já ouviu, se lembra. teve um tempinho até longo de duração e estava no momento em que vinha em um acumulo de informações sobre planos e táticas e tentar me manter mais concentrado quanto fosse possível para não errar por culpa do tempo, eu até poderia ter perdido por culpa do tempo por tê-lo usado, mas a meu favor, claro, mas daí seria uma falha minha ou competência do meu adversário, claro, óbvio. Mas aquele estilhaço, áspero, som estranhíssimo, no momento crítico, faltando pouco tempo pra mim, aquilo certamente foi decisivo e não voltei aos cálculos feitos anteriormente.

É como postei, as vezes o melhor era conversar com o organizador do torneio e ver o que conseguia.... mesmo assim.. eh rocha!

A partida foi 1h x 1h nocaute.

Ah, esqueci de mencionar que cheguei analisar Bxg5 logo que ele jogou g5 mas vi que era ruim depois de passar alguns lances. Teve um momento também na partida que cheguei a pensar na possibilidade de tomer em e5 e quem sabe jogar dama em f5 depois mas não lembro o que eu pensei. Enfim, não dá pra lembrar de todas as análises feitas durante a partida, depois que o cara desconcentra algo (ou até tudo, dei sorte de lembrar) se perde.

Não estou culpando meu adversário pelo ocorrido. Mas também acho que o adversário (no caso eu) mereça ser tratado com respeito, por isso incluí as várias faces feita por ele. Admite-se fazer todo tipo de gesto, menos debochar! Ainda mais após o incidente ocorrido.